Carga de Gás ar condicionado automotivo

A menos que o sistema de ar condicionado não apresente qualquer tipo de problema, a substituição do Gás Refrigerante não se faz necessária, a não ser que o nível do mesmo abaixe, pelo motivo de estar vazando por algum local do sistema, diminuindo assim eficiência da refrigeração. Não há especificação dos fabricantes, um prazo para troca do fluído refrigerante. O período é considerado indeterminado. Se não houver vazamentos ou mesmo contaminação do fluído, você pode ter a absoluta certeza que o gás refrigerante irá durar ainda mais que o próprio veículo. Porém, recomendamos, pelo menos uma vez por ano, reciclar o “gás”, no sentido de eliminação de impurezas do sistema, bem como umidade, tudo isto a título de manutenção preventiva.

Os sistemas atuais de ar condicionado automotivo trabalham com o “gás” R134a, sendo que seus compressores são específicos para trabalharem com o óleo Polioléster ou ainda Sintéticos.

Nos antigos sistemas de Ar Condicionado abastecidos com o Gás R12, o óleo era de origem mineral (que não é indicado para uso em conjunto com o novo gás R134a). Para uso em conjunto com o fluído refrigerante R134a, o óleo indicado é o de origem vegetal (Óleo Éster). Os Óleos Éster apresentam uma alta capacidade de absorção de água, em comparação com o óleo mineral ou sintético (higroscopicidade).

Para a correta aplicação do R134a, os componentes necessários e compatíveis no sistema são:

Filtro Secador – Específico para aplicação com o R134a, para não ocorrer a hidroligação (união), em contato com a umidade, pois o óleo do tipo Polioléster é propenso a se unirem, o que pode resultar na formação de borras, ou ácidos. Após a instalação do Filtro Secador novo, a quantidade de umidade não poderá passar de 10 ppm.

O Óleo – Mesmo compatíveis com os óleos minerais, os óleos Polioléster não podem ser misturados em Sistemas com o Gás R134a, isto porque esta mistura resultará na ineficiência deste óleo, reduzindo drasticamente a eficiência na troca de calor do evaporador. Entretanto, somente pequenas quantidades de óleo mineral são aceitáveis em algumas situações de adaptação de campo.

Limpeza – Esta hora é muito importante, pois uma limpeza criteriosa deve ser feita no sistema. Deve-se tomar muito cuidado na lavagem de componentes, no intuito de remover resíduos de processos, pois na hora da aplicação do óleo Polioléster ou mesmo o óleo sintético, não pode haver qualquer “borra” de óleo antigo ou resíduo em mangueiras, tubos, serpentinas do evaporador e condensador, válvulas de sucção, expansão, etc. É de costume o acúmulo destes resíduos no tubo ou válvula caplar.

Antes da aplicação definitiva do fluído refrigerante R134a, é necessária a aplicação de vácuo no sistema. Os níveis de vácuo para os sistemas R12 (Antigo) e R134a (Novo) são iguais (tanto no lado de alta quanto no lado de baixa pressão – mínimo de 200 micros).

Teste de Vazamento – Devem-se efetuar testes de vazamento, antes da definitiva aplicação da carga de gás R134a.

Sistemas de Ar Condicionado que utiliza o fluído refrigerante R12 podem ser convertidos para o novo sistema com o fluído refrigerante R134a, porém alguns procedimentos devem ser tomados: É possível fazer essa mudança sem trocar os principais componentes como compressor, evaporador e condensador, mas com certeza é necessária à limpeza completa do sistema com a consequente troca do filtro secador ou acumulador de gás, dispositivo de expansão, bem como a troca do óleo para o Polioléster ou Sintético, e finalmente aplicar a carga de gás R134a.

Informações e propriedades físicas do R 134 a:

Especificamente a temperatura de evaporação é de -15° a 12° C, possui capacidade de volume igual ou superior à do R 12, constitui uma estrutura molecular diferente da do R 12: pois o R 12 pode escapar mais facilmente através de micro vazamentos, não possui uma composição inflamável nem tóxico. No que se refere ao trabalho com óleos sintéticos: apenas esses se misturam com o R 134 a, no entanto a combinação de ambos absorve mais água que o R 12 e óleo mineral – para evitar esse problema normalmente é utilizável um filtro secador especial adaptado a estrutura molecular do R 134 a.

Para uma eficiente detecção de vazamentos pode se usar aparelhos eletrônicos ou então uma lâmpada ultra-violeta. No que se refere ao óleo das instalações com R 134 a, existe um aditivo que emite uma luz que é fluorescente quando iluminado por uma lâmpada ultra-violeta. Para detectar fugas através de chama para o R 134 a.

Quando o serviço é direcionado para o R 134 a é aconselhável ter ferramentas e equipamentos exclusivos para o R 134 a. Importante ainda é que não devem ser usadas nem ter tido contato com o R 12 e nem óleo mineral. Existem equipamento construídos para o uso exclusivo com o R 134 a.

A carga de gás do ar condicionado automotivo é um serviço realizado com base em diagnósticos e testes, para que seja possível localizar a fonte do vazamento antes de recarregar o gás do ar condicionado automotivo.